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A Direção Geral da Saúde (DGS) ainda não decidiu o que fazer com as chamadas “creches familiares”, onde as crianças ficam ao cuidado das amas. O ambiente familiar pode justificar medidas específicas e até testes de rastreio à Covid-19 a todo o agregado onde as crianças são acolhidas. Contudo, ainda nada está decidido.
Numa sessão de esclarecimento em que participaram vários agentes envolvidos na reabertura das creches, esta sexta-feira, Segurança Social e DGS foram apanhadas de surpresa pela dúvida levantada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, apurou a Renascença.
Vai a DGS aplicar às amas o mesmo critério das creches, relativamente aos testes de rastreio à Covid-19? E serão esses testes alargados aos familiares das amas? A questão foi suscitada pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), durante a sessão realizada pelo Governo.
Na sessão, o provedor da SCML alertou para a especificidade das chamadas "creches familiares", que em termos de organização e de resposta não têm a mesma capacidade das restantes creches. Edmundo Martinho fez notar que as amas, tanto quanto é sabido, ainda “não têm planos de contingência”. Nesse contexto, também o relacionamento social das crianças não fica habitualmente limitado ao contacto com as amas, o que pode estender o risco de contágio aos familiares que com elas coabitam.
A dúvida levantada por Edmundo Martinho não obteve uma resposta objetiva, nem por parte da secretária de Estado da Segurança Social, Rita da Cunha Mendes, nem da diretora-geral da Saúde.
Confrontada com estas questões, Graça Freitas limitou-se a reconhecer que são “importantes” e que as orientações hoje dadas a conhecer para as creches podem ser “melhoradas”.