Portugal não vai marcar presença na tomada de posse do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, avança o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
"Tivemos uma troca de opiniões hoje de manhã, no quadro do grupo de trabalho para a América Latina [da União Europeia], e isso vai permitir a Portugal formar a sua decisão, sendo certo que tornamos público que não estaremos representados a nível político na tomada de posse do Presidente Nicolás Maduro", disse o chefe da diplomacia portuguesa.
O ministro falava após o seminário sobre Cooperação, Cultura e Língua, promovido pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, em Lisboa.
A tomada de posse de Nicolás Maduro está marcada para quinta-feira.
Maduro, de 56 anos, foi reeleito no dia 20 de maio depois das eleições antecipadas pela Assembleia Constituinte, órgão na prática substituiu o Parlamento.
Foi eleito com 67,8% dos votos, segundo os contestados resultados oficiais — acumulando todos os poderes e com o controlo quase absoluto das rédeas do país, embora este esteja a sofrer a maior crise económica e social de que há memória no continente e a maior diáspora da história latino-americana.
O Parlamento da Venezuela, controlado pela oposição, declarou este sábado, que o novo mandato de Nicolás Maduro é ilegítimo.
Os deputados classificaram o presidente de "usurpador".