O tema da eutanásia vai ser discutido este sábado no conselho nacional do CDS, que vai realizar-se na Mêda. Faz parte de uma das moções que vai ser votada pelos centristas.
Os deputados Isabel Galriça Neto e Luís Pedro Mota Soares subscrevem o documento que aborda a melhoria dos cuidados de saúde perante o aumento do envelhecimento e de doenças crónicas e a necessidade de mais e melhores cuidados de saúde a estas pessoas.
Numa altura em que já está marcada para dia 26 a entrega no Parlamento da petição que defende a despenalização da eutanásia, o CDS quer mostrar que não está alheio a este debate e aconselha a que não se tomem posições de forma ligeira.
“A dignidade em fim de vida, a liberdade dos portugueses e o respeito pela inviolabilidade da vida humana não passa pela eutanásia. Passa por mais e melhores cuidados paliativos, por mais e melhores profissionais para lidar com esta realidade, passa por um debate que tem de ser feito, ponderado de forma serena, para esclarecer a sociedade portuguesa”, afirma Isabel Galriça Neto.
A deputada do CDS, autora da moção que se discute em Mêda, espera encontrar aliados no Parlamento à esquerda e à direita.
“A realidade na Europa mostra que a eutanásia não é uma resposta para casos pontuais, está infelizmente a banalizar-se , nomeadamente em pessoas com doença mental e em pessoas que não pediram para morrer. É uma resposta perigosa que não dignifica as sociedades. O CDS quer oferecer às pessoas em fim de vida muito mais do que a banalização da morte. Quer oferecer-lhes cuidados de saúde de qualidade.”
A moção a discutir este sábado, no conselho nacional do CDS, defende ainda apoios aos doentes crónicos, aos cuidadores informais e formação dos profissionais de saúde que lidam com este tipo de doentes em fim de vida.