Dois homens, com 36 e 42 anos, ficaram em prisão preventiva em Espanha, indiciados pela prática do crime de tráfico de pessoas, revelou hoje em comunicado a Diretoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ).
A detenção foi o resultado de uma investigação conjunta da PJ com a Guardia Civil de Alava, no País Basco, acrescenta a nota de imprensa, que identifica os detidos como portugueses com residência em Espanha.
A operação desencadeada a 4 de maio, no País Basco, com o nome de "Worker", permitiu o "desmantelamento de um grupo criminoso e a libertação de 15 cidadãos portugueses que se encontravam numa real situação de escravatura moderna", descreve o comunicado da PJ.
Segundo aquela polícia de investigação, as "vítimas eram captadas em Portugal, em zonas rurais do norte do país, e transportadas para as zonas onde tinham que exercer a atividade laboral, sem apoios familiares e em estado de total vulnerabilidade".
"Ficavam alojadas em casas velhas e insalubres e eram obrigadas a realizar jornadas de trabalho de 12 horas diárias, sete dias por semana, em condições infra-humanas, sob coação e ameaças permanentes", acrescenta a nota de imprensa.
A PJ revelou que, entretanto, as vítimas foram "acolhidas por instituições espanholas, para posteriormente serem transportadas para Portugal".
Os detidos "possuem antecedentes criminais por este tipo de ilícito", lê-se ainda.