O cessar-fogo na Síria foi violado 60 vezes nas primeiras 48 horas, avança um general russo à agência de notícias Interfax.
A maior parte dos incidentes foi provocado pelo grupo armado Ahrar al-Sham, uma coligação de militantes islamitas que combate o regime do Presidente Bashar al-Assad.
Apesar destes episódios relatados pela Rússia, o Observatório para os Direitos Humanos na Síria não registou qualquer vítima mortal civil ou militar nas primeiras 48 horas do cessar-fogo, que entrou em vigor na segunda-feira.
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, pediu esta quarta-feira aos Estados Unidos que façam mais para apoiar as tréguas.
Numa conversa telefónica com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, o chefe da diplomacia russa pediu que os Estados Unidos cumpram a promessa de separar os combatentes da oposição moderada síria dos grupos jihadistas, como a antiga Frente al Nusra, actual Jabhat Fatah al Sham.
Lavrov e Kerry também discutiram formas de lutar em conjunto contra a Jabhat Fatah al Sham e o autoproclamado Estado Islâmico.
O cessar-fogo que entrou em vigor no início da semana é a segunda tentativa realizada este ano para parar uma guerra civil que dura há cinco anos.
A Rússia é aliada do regime do Presidente Bashar al-Assad, enquanto os Estados Unidos apoiam grupos rebeldes moderados que combatem o regime de Damasco.