Coronavírus. Costa assegura capacidade de resposta, avisa que número de infetados vai aumentar
07-03-2020 - 15:06
 • Sandra Afonso com redação

"Estamos num período em que, com grande probabilidade, o número de pessoas infetadas vai ainda estar a aumentar", assumiu o primeiro-ministro este sábado.

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O primeiro-ministro, António Costa, garantiu este sábado que os serviços do Estado têm capacidade para responder ao surto de novo coronavírus (Covid-19), no dia em que foram confirmados cinco novos casos de infeção em Portugal.

À margem de um encontro com o homólogo sueco, Stefan Löfven, em Lisboa, António Costa assegurou que os serviços de saúde estão a responder às necessidades dos novos doentes e preparados para lidar tanto com os casos de infeção já confirmados como com os novos casos que possam surgir nas próximas semanas.

"Relativamente a Portugal, nós temos as autoridades de saúde a funcionar em pleno. A Direção-Geral de Saúde tem vindo a dar as respostas e as orientações que são necessárias, temos os planos de contingência que estão devidamente desenhados e ativados em função das necessidades."

Nas declarações aos jornalistas, Costa sublinhou que "estamos num período em que, com grande probabilidade, o número de pessoas infetadas vai ainda estar a aumentar durante os próximos dias" mas reforçou que, "até agora, temos verificado que não houve nenhuma situação de incapacidade de resposta por parte do Serviço Nacional de Saúde nas diferentes dimensões em que tem sido chamado a intervir".

"Convém não esquecer que, apesar da gravidade desta epidemia, o SNS tem de continuar a responder a todas as outras necessidades dos doentes que temos em Portugal e que todos os dias surgem", ressaltou ainda.

Sobre o afastamento do responsável pela linha de apoio Saúde 24, Henrique Martins,, Costa garantiu que não teve a ver com a atual crise de saúde pública e explicou que não haverá substituições enquanto esta não estiver controlada.

"Aproveito para esclarecer. Trata-se de um fim normal de mandato, foi um processo de substituição que estava desencadeado já desde janeiro, portanto muito antes de esta situação ter sido conhecida, e que não tem nenhuma correlação com a atual situação de crise que estamos a viver."