A espera nas urgências na região Centro tem sido "especialmente prolongada", apesar dos serviços mínimos decretados à greve de dois dias de médicos na região, para situações urgentes.
Elsa Duarte, natural de Alcobaça, deu entrada no Hospital de Leiria de madrugada e, segundo a filha, ainda não tinha sido atendida passadas 12 horas, apesar de lhe ter sido atribuída a pulseira amarela.
“Fui visitar a minha mãe. Ela deu entrada pelas 6h00 da manhã e foi-lhe atribuída a pulseira amarela. Os exames eram só a partir das 14 horas. Agora o meu pai está a aguardar”, afirmou a filha Jéssica.
O impacto da greve dos médicos também se faz sentir no serviço de Consulta Externa, "embora menos", como descreveu Vítor Santos, que teve a sua consulta naturalmente, mas notou muito menos pessoas na sala de espera.
“Vi muito menos gente, esse impacto notei. Mas como está um dia de sol e verão, pensei que, como noutros serviços, também no hospital houvesse menos pessoas. Afinal é a greve”, explica Vítor à Renascença.
A greve iniciada por médicos na região junta-se às horas extras nos cuidados de saúde primários, que ainda decorre, e à greve nacional de final de julho.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que convocou a greve, aponta para uma adesão a rondar os 95% neste primeiro dia de greve. O sindicato lamenta os constrangimentos que poderá causar, lembrando que não é possível manter a qualidade e segurança dos cuidados prestados do Serviço Nacional de Saúde (SNS), nem sua a sustentabilidade financeira, recorrendo "ao trabalho desumano dos médicos".