O secretário-geral do PS, António Costa, disse esta sexta-feira que há razões para estar “reconfortado” com a solução governativa baseada em alianças à esquerda, mas sublinhou que são os portugueses que escolhem as soluções em cada eleição.
À entrada para o 21º Congresso do PS, que começa esta sexta-feira em Lisboa, António Costa foi questionado se tencionava manter a solução governativa actual – apoiada em acordos parlamentares com PCP, BE e Verdes – em futuras eleições legislativas.
“A solução governativa tem provado bem, quem escolhe as soluções governativas são os portugueses e esta foi a solução governativa que os portugueses escolheram”, frisou.
“Feito o balanço dos primeiros seis meses, temos todos razões para estar reconfortados com ela, muitos daqueles que recearam acho que hoje já perceberam que não têm motivos para recear”, disse, salientando que os compromissos na base desta maioria “são absolutamente compatíveis” com os compromissos do PS com os portugueses e com a União Europeia.
Interrogado se desistiu de ter o PS a governar sozinho, António Costa insistiu que “o país precisa de estabilidade”, depois de ter ido a eleições que geraram a actual maioria.
O secretário-geral do PS sublinhou que “existe um enorme consenso na sociedade portuguesa”, quer entre os partidos que formam a maioria, quer desta com o Presidente da República e com os parceiros sociais.
“Tenho a certeza que os 90 e muitos por cento de socialistas que me elegeram como secretário-geral do PS a vontade que têm é que o PS dê um contributo muito positivo para a estabilidade”, afirmou Costa, que já não respondeu às perguntas dos jornalistas sobre o repto lançado esta sexta-feira pelo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, para a criação de uma comissão eventual sobre a segurança social.
Nas declarações que prestou à chegada à Feira Internacional de Lisboa, onde os socialistas estão reunidos até domingo, Costa sublinhou que a principal mensagem do Congresso do PS será a de “cumprimento da alternativa” a que o partido se comprometeu com os portugueses.
“É muito importante ter havido uma maioria parlamentar que assegure a estabilidade (...). Temos sabido em conjunto resolver os problemas que nos têm sido colocados e temos sabido de forma muito leal responder aos compromissos que assumimos uns com os outros, com os portugueses e com a União Europeia”, salientou, considerando que sairá deste congresso um PS “totalmente determinado em reforçar esta maioria”.