Portugal encontra-se entre os países com um dos salários mínimos mais baixos na União Europeia e na Zona Euro. 618 euros ilíquidos que, no bolso dos trabalhadores, correspondem a 530 euros mensais. No entanto, foi notícia na última semana: o Governo chegou a acordo com os parceiros sociais para fixar a remuneração mínima nos 557 euros. Regressando a essa comparação publicada pelo jornal, pior do que Portugal estão – por exemplo – a República Checa, a Hungria, a Polónia e a Roménia que tem o salário mínimo mais baixo de todo o conjunto europeu: 254 euros sem os descontos.
Quanto aos países que melhor pagam, recorrendo à analogia olímpica: Luxemburgo é o campeão com 1.923 euros, a medalha de prata vai para a Irlanda com 1.546 e a Holanda surge em terceiro com 1.531 euros.
Outro dos temas incontornáveis deste ano é a saída do Reino Unido da União Europeia. “Brexit” é, de resto, uma das expressões candidatas a palavra do ano de 2016. O “Negócios” elegeu a escolha dos britânicos como o acontecimento internacional do ano. “Quando a União Europeia deixou de ser ‘mais’”. É o título deste artigo que, fazendo uma retrospectiva aos 60 anos de história da União Europeia, lembra que o projecto ficou essencialmente marcado pelo alargamento a mais países e pelo aprofundamento ao nível das políticas comuns. Mas isso foi até 23 de Junho deste ano. De lá para cá, muito se tem falado sobre eventuais efeitos desta reviravolta no processo europeu de unificação. O próximo grande passo está marcado para Março do próximo ano com a activação da cláusula 50 do Tratado de Lisboa.
Noutro plano da actualidade, o presidente da Comissão Europeia declara guerra às notícias falsas nas redes sociais. Segundo o jornal “i”, Jean-Claude Juncker afirma que “a credibilidade deve ser o maior capital” de empresas como a Google ou o Facebook. Estes gigantes tecnológicos querem aplicar planos de combate às chamadas ‘fake news’, um fenómeno global, crescente e contínuo.
Nas páginas do jornal “Público” fala-se da Roménia e de Sevil Shhaideh. Esta mulher de 52 anos vai ser a primeira chefe de Governo muçulmana de um país da União Europeia. Sevil Shhaideh pertence à minoria étnica tártara que está na Roménia há mais de cem anos e que pratica um Islão moderado. Os críticos dizem que Shhaideh servirá apenas para o líder do partido vencedor das eleições controlar o governo. Ele que não pode ser ministro por ter sido condenado pela justiça romena.