Chama-se “Exercício Montemuro 18” e vai ser o grande teste da Proteção Civil ao dispositivo que montou para este ano. Durante dois dias, nos distritos de Aveiro e Viseu, 850 operacionais vão treinar a articulação do sistema perante um grande incêndio florestal.
O exercício envolve 20 entidades - públicas e privadas - e contará também com a participação das populações, nomeadamente a da aldeia de Azibozo, no concelho de Cinfães, onde será simulada uma evacuação de emergência.
O coronel Duarte da Costa, novo Comandante Nacional de Operações da Proteção Civil, diz que é fundamental promover este tipo de treinos.
“A finalidade é treinar. Só treinando é que conseguimos ser proficientes naquilo que é a nossa atitude mental e prática para a resolução dos problemas e, se não treinarmos, não temos consciência se somos ou não capazes de fazer”, disse.
No primeiro dia, sexta-feira, o exercício será sobretudo de simulações em computador para testar a resposta das várias entidades aos desafios criados.
Já no segundo dia, sábado, o exercício passará para o terreno em diversos locais dos distritos de Aveiro e Viseu. Vão ser testadas as novas potencialidades do SIRESP, como por exemplo a georreferenciação dos bombeiros, e, entre outras coisas, serão também testados as SMS de aviso às populações.
Numa das suas primeiras aparições públicas o novo responsável pelas operações da Proteção Civil foi questionado sobre a capacidade do sistema em evitar tragédias como as do ano passado. Duarte da Costa diz que “falhar não é uma opção”.
“Não tenho bola de cristal, mas estou a trabalhar – eu e toda a equipa – para que aquilo que se passou no ano passado não se vai passar este ano. É para isso que estou a trabalhar. A falha não é uma opção”, acrescenta.