A Federação Portuguesa pela Vida (FPV) saudou a possível revisão e alteração do quadro jurídico sobre o aborto, nos Estados Unidos da América, pedindo que esta mudança inspire um “novo olhar” sobre esta questão.
“Que esta movimentação Científica (da Medicina e do Direito), Cívica e Social que vem dos EUA seja capaz de trazer à Europa e, em concreto, a Portugal, um novo olhar para a chaga do aborto que a todos envergonhará no futuro”, refere um comunicado da instituição, enviado à Agência Ecclesia.
A nota surge após a divulgação de um projeto de parecer do Supremo Tribunal norte-americano, que poderia reverter a decisão do processo "Roe vs. Wade", de 1973, que abriu caminho à legalização do aborto nos EUA.
A FPV observa que, desde então, milhões de pessoas “têm contestado tal prática na sociedade norte-americana e no mundo”.
“Volvidos estes 50 anos, o avanço da Ciência tornou mais evidente que mesmo antes de nascer há um ser humano que deve ter a proteção do Estado de Direito”, pode ler-se.
A FPV diz acompanhar com “muita esperança” a movimentação social pró-vida nos EUA, considerando que “tal como o ‘Muro de Berlim’ que ruiu, também agora, em todo o mundo, pode repor a proteção do Direito à Vida Humana por nascer”.
Caso seja anulada a decisão ‘Roe v. Wade’, que considera constitucional a legalização do aborto, os Estados Unidos da América regressam à situação anterior a 1973, quando cada Estado determinava esta matéria.
O Comité de Atividades Pró-Vida da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB) apelou à oração, perante o debate projetado no Supremo Tribunal do país sobre o aborto.
“Como católicos, preocupamo-nos com cada criança não-nascida e cada mãe. A nossa Igreja tem consistentemente testemunhado, em palavras e atos, que a vida começa no momento da conceção”, escreve D. William E. Lori, arcebispo de Baltimore.
O USCCB sublinha a “necessidade urgente de oração e ação neste momento crucial” para os EUA, assumindo o compromisso de “redobrar esforços” para mulheres e casais que enfrentem gestações inesperadas ou difíceis, durante os primeiros anos da paternidade.
“Esperamos e rezamos por uma mudança nas nossas leis e estamos prontos para ajudar todas as mulheres grávidas necessitadas, em cada uma das nossas comunidades”, refere a nota.