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O Governo vai repor os complementos de reforma dos trabalhadores das empresas públicas, anunciou esta quarta-feira o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.
Pedro Nuno Santos, que falava na Assembleia da República, disse que não são os partidos da maioria de esquerda que ganham uma batalha, mas sim os trabalhadores atingidos pelos cortes.
“Não se trata de saber quem ganha nestas bancadas esta corrida, trata-se sim de repor direitos. Não é nenhuma das bancadas que constituem a maioria deste Parlamento que ganharão nenhuma corrida, serão mesmo os trabalhadores que verão repostos os seus direitos”, afirmou o governante.
Pedro Nuno Santos garante que o PS não está a fazer qualquer cedência ao PCP ou ao Bloco de Esquerda, mas apenas a cumprir o seu programa eleitoral.
Antes, a deputada do PSD, Joana Lopes, acusou o Governo de ceder às exigências do Bloco de Esquerda e do PCP, e com isso fazer regressar a troika ao nosso país.
“Há nesta Assembleia partidos obcecados com a austeridade. São os da esquerda, que estão numa corrida desenfreada para perceber qual é o primeiro a conseguir trazê-la de volta”, declarou Joana Lopes.
Os suplementos de reforma foram suspensos durante a intervenção da troika, mas o PS tinha prometido, na campanha eleitoral de Outubro, repor os complementos, e vai fazê-lo já no Orçamento do Estado para este ano, que deve ser conhecido no início do próximo mês.
O Governo anterior suspendeu, no início 2014, o complemento a
quem aceitou ir para a reforma antecipada ao abrigo de um acordo de empresa
datado de 1971. A medida correspondeu a cortes entre os 40% e os 60% nas
reformas dos funcionários.