Cino imigrantes morreram na madrugada de domingo, perto de uma praia de Wimereux, Pas-de-Calais, quando tentavam alcançar um barco em águas geladas para atravessar o Canal da Mancha, segundo as autoridades marítimas francesas.
As vítimas faziam parte de um grupo de mais de 70 pessoas que tentavam aceder a embarcações ao largo da estância balnear de Wimereux, na madrugada de domingo, para tentarem chegar ao Reino Unido a partir do norte de França.
Cinco pessoas morreram e uma sexta encontra-se em estado crítico depois de terem entrado em dificuldades em águas geladas, informou a autoridade marítima francesa.
De acordo com o britânico "Guardian", quatro pessoas foram encontradas mortas nas primeiras horas da manhã de domingo e o corpo de uma quinta vítima foi encontrado por um transeunte, por volta das 9 horas.
No total, 72 pessoas foram resgatadas durante a noite, tendo 20 sofrido hipotermia avançada, incluindo duas crianças pequenas e uma mulher grávida, que foram levadas para as urgências em Boulogne.
De acordo com o "La Voix Du Nord", entre os resgatados do afogamento estava um bebé de um mês de idade.
Um porta-voz da organização humanitária Utopia 56 questionou: "Não podemos imaginar o nível de dor e sofrimento criado por estas situações. Porque é que deixamos as pessoas morrerem quando podíamos efetivamente encontrar soluções, porque é que as responsabilidades políticas nunca são apontadas?".
"Devemos olhar para fora e imaginar o que as pessoas estão a passar, ser empáticos e construir soluções pragmáticas já! Caso contrário, esta situação continuará e os nossos valores humanos fundamentais afogar-se-ão com eles", defendem.
Enver Solomon, diretor executivo do Conselho para os Refugiados, disse estar "profundamente triste com a terrível perda de vidas", mas que as mortes devem servir de "alerta" para que o governo britânico "tome medidas decisivas e reduza as perigosas travessias do Canal da Mancha, fornecendo rotas seguras para os refugiados".