A redução do plástico é uma das respostas do Bloco de Esquerda à emergência climática no programa eleitoral para as legislativas, propondo que, até 2022 pelo menos, metade das bebidas sejam vendidas em embalagens reutilizáveis e os plásticos descartáveis proibidos.
Fonte oficial do partido adiantou à agência Lusa que a proposta eleitoral intitulada "redução do plástico e eliminação do uso único" faz parte do eixo da resposta à Emergência Climática, um dos pilares "fundamentais do programa eleitoral do Bloco de Esquerda que será na sua totalidade apresentado no próximo domingo pela coordenadora do BE, Catarina Martins", numa sessão pública agendada para o Teatro Thalia, em Lisboa.
Entre as medidas propostas está a abolição do plástico de uso único, pretendendo o BE que seja de imediato proibida a utilização de plástico descartável na restauração e cafetaria, bem como da comercialização de utensílios de plástico descartáveis para refeições.
Os bloquistas querem ainda acabar com a dupla embalagem e o cruzamento de diferentes materiais recicláveis, defendendo que passe a ser obrigatório o uso de materiais não descartáveis nos grandes eventos.
Para a redução de embalagens de bebidas o BE propõe, conforme foi hoje já noticiado pelo jornal “Público”, que a partir de 2022, pelo menos metade do produto de bebidas deve ser colocado no mercado em embalagens reutilizáveis, mediante tara recuperável.
"Até lá, cabe aos operadores organizar um sistema de recolha junto dos comercializadores e encaminhamento para reutilização (tara recuperável). O mesmo sistema deverá receber embalagens (por exemplo de detergente ou champô) que devem passar a ser compostas por materiais reutilizados", detalha a proposta bloquista.
As grandes superfícies devem disponibilizar "estruturas para a devolução de embalagens pelos consumidores finais" e "os operadores devem ainda garantir a recolha das embalagens junto de locais de restauração que abastecem".
A promoção da durabilidade dos produtos, a criação de uma rede de bebedouros urbanos com água potável para beber, o investimento na recolha seletiva de lixo porta-a-porta, dado ser uma metodologia mais eficaz para a reciclagem que o modelo único de ecopontos, a substituição dos sacos de plástico nas grandes superfícies por materiais duráveis e biodegradáveis, a proibição dos microplásticos banindo até 2022 os cosméticos e produtos de higiene que os contenham e os incentivos à venda a granel em supermercados e mercearias livres de plástico são outras das propostas dos bloquistas nesta área.