O presidente da IL acusou, esta segunda-feira, o Chega de "total insensatez" e irresponsabilidade ao propor que seja reconhecido o direito à greve às forças de segurança, considerando que esta medida colocaria em causa a segurança do país.
No final de uma reunião com o Sindicato Independente dos Médicos, Rui Rocha foi questionado sobre a proposta do programa eleitoral do Chega de "reconhecer aos membros das Forças de Segurança o direito à filiação partidária, bem como o direito à greve".
"É uma total insensatez. É absolutamente contrário aos interesses do país e aos interesses de segurança dos portugueses", criticou.
De acordo com o líder liberal, "as funções policiais têm um determinado enquadramento", diferente de restantes profissões uma vez que "têm que salvaguardar sempre a segurança dos portugueses".
"Ora eu pergunto: se as forças policiais decretarem uma greve, se isso fosse possível - eu espero que nunca seja - os criminosos fazem greve? Os criminosos deixam de praticar crimes?", questionou.
Segundo Rui Rocha, estas limitações que as forças de segurança têm na sua profissão devem continuar a existir porque "é fundamental para a segurança dos portugueses".
"Até porque a GNR, que estaria incluída nessa proposta, é uma força de natureza militar e, portanto, a pergunta é: o que é que se segue? Os militares também vão poder fazer greve? Se Portugal estiver sob ataque o Chega reconhece que os militares podem fazer greve e deixam que forças invasoras entrem no país?", questionou ainda.
Para o presidente da IL, esta proposta do partido de André Ventura "é a total irresponsabilidade".