O primeiro-ministro britânico revelou que sete atentados foram evitados no Reino Unido, nos últimos "seis meses".
"Os nossos serviços de segurança e de inteligência impediram qualquer coisa como sete ataques nos últimos seis meses, ainda que estes ataques fossem de menor dimensão", disse David Cameron à BBC Radio 4.
O britânico falava a partir de Antalia, na Turquia, onde participa na cimeira do G20.
"Estamos cientes de que há células na Síria que radicalizam as pessoas nos nossos próprios países e que são susceptíveis de reenviá-las para perpetrarem os ataques", afirmou.
"Podemos reforçar os nossos serviços de segurança e vamos fazê-lo, podemos tomar medidas para que a aviação seja mais precisa e alocar dinheiro para esse domínio, e é o que vamos fazer", acrescentou.
A imprensa britânica anunciou esta segunda-feira que o Reino Unido iria reforçar os seus serviços secretos e de segurança com o recrutamento de 1.900 agentes para ajudar a combater a ameaça terrorista e aumentar os fundos destinados a reforçar a segurança na aviação civil.
O reforço dos agentes deveria aumentar os efectivos dos serviços de segurança interna (M15), externa (M16) e de vigilância (GCHQ) em quase 15%, segundo os jornais “The Guardian” e “Financial Times”.
Caso se concretize, este será "o maior aumento nas despesas com a segurança britânica desde os atentados de 7 de Julho de 2005 em Londres", que mataram dezenas de pessoas.
As medidas de Londres surgem na sequência da série de atentados registados na noite de sexta-feira, em Paris.
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses, e mais de 350 feridos. Os ataques, perpetrados por pelo menos sete terroristas, que morreram, ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de espectáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as selecções de França e da Alemanha.