A Agência de Proteção Fronteiriça e Aduaneira (CBP) dos EUA anunciou esta sexta-feira que deteve, em agosto, 49.594 migrantes sem documentos na fronteira sul dos Estados Unidos, o número mais elevado para o mesmo mês, em cinco anos, e numa subida pelo quarto mês consecutivo.
No decorrer do período fiscal de 2020, que começou em 01 de outubro do ano anterior e termina em 30 de setembro, as autoridades norte-americanas detiveram 345.267 estrangeiros que cruzaram a fronteira em locais não autorizados, noticia a agência EFE.
Já outras 54.503 pessoas foram detidas em postos ilegais de entrada, ou foram declaradas inaptas para entrar nos EUA por razões de saúde ou restrições de migração.
Durante o ano fiscal de 2019, as capturas atingiram as 977.509 pessoas, num período marcado por um verdadeiro êxodo do México e da América Central, que atingiu o seu pico em maio daquele ano, com 144.116 detenções, sendo destas 62.707 em agosto.
Em agosto deste ano, 2.892 menores foram detidos, elevando o total para 26.786 crianças capturadas até ao momento, neste período fiscal, enquanto a detenção de grupos familiares se elevou a 2.587, num total de 48.393 pessoas.
A CBP deteve 42.295 adultos em agosto, somando um total de 270.088 pessoas, desde outubro.
Os motivos pelos quais uma pessoa que apareça numa zona de fronteira, e peça entrada legal nos Estados Unidos, possa ser considerada inapta para entrar, incluem, agora, por decisão do Governo liderado por Donald Trump, a presença de sintomas de infeção pelo novo coronavírus.
Também por decisão do Presidente dos Estados Unidos, aplicada desde fevereiro de 2019, as pessoas que se apresentem às autoridades, e peçam asilo, são devolvidas ao México e a outros países da América Central, onde aguardam por uma audiência num tribunal de migração, que aprecia os casos.