O ministro do Ambiente tem boas expectativas sobre a Cimeira da Ação Climática que decorre esta segunda-feira, em Nova Iorque, sob o alto patrocínio do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
“Temos uma expectativa muito forte. Portugal, de facto, pontua muito bem porque somos reconhecidos como o líder da descarbonização. No ano passado, na União Europeia, as emissões reduziram em três porcento e em Portugal em nove porcento”, destacou João Pedro Matos Fernandes, em declarações à Renascença.
“Não direi que há países que ignoram as alterações climáticas. Há um um país, que são os Estados Unidos, cujo governo não parece crer ou não quer comprometer-se com aquilo que são as metas e os objetivos do Acordo de Paris”, acrescentou.
No total, 193 chefes de Estado e de Governo vão estar reunidos para assumirem metas ambiciosas no combate às alterações climáticas.
Portugal está representado pelo Presidente da República, que irá discursar na cimeira, e pelo ministro do Ambiente.
A Cimeira da Ação Climática vai consistir na apresentação de projetos ambientais e iniciativas a nível internacional, anúncios de Contribuições Nacionais Declaradas (NDC, na sigla em Inglês) e a nível de parcerias público-privadas entre sociedade civil e empresas, com vista ao cumprimento do Acordo de Paris, alcançado em 2015, e da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável.
António Guterres disse que são esperados planos significativos para reduzir em 45% as emissões de dióxido de carbono durante a próxima década e para chegar à neutralidade carbónica até 2050.
A cimeira, que se realiza durante a semana da Assembleia-geral da ONU, servirá também para preparar a próxima Conferência das Partes signatárias da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP25), marcada para dezembro, em Santiago do Chile.