Há três frentes ativas no incêndio que lavra no distrito de Castelo Branco (e começou em Oleiros) e as chamas continuam ameaçadoras, mas o presidente da Câmara acredita que a situação possa ficar resolvida ainda neste domingo.
“Não só em Oleiros, mas também nos concelhos limítrofes há uma frente em Proença-a-Nova e na Sertã, situações muito graves”, refere à Renascença o autarca Fernando Jorge.
Além disso, as condições climatéricas continuam a ser de alto risco, com vento e calor. “Mas, segundo as informações que tenho, é muito provável que, durante o dia de hoje, se dê por extinto o incêndio”, adianta.
O mesmo desejo tem o comandante da Proteção Civil Carlos Pereira, que espera contar com a ajuda dos meios aéreos já nesta manhã.
“Os meios aéreos, se as condições meteorológicas assim o permitirem, irão entrar a partir das 8h/8h30”, afirma. Mas antes “tem de ser feita uma avaliação em relação às condições no teatro das operações, nomeadamente ao fumo que se pode fazer sentir devido à orografia do terreno e aos vales encaixados, onde pode fazer uma acumulação e isso retira a visibilidade aos meios aéreos”, explica.
Carlos Pereira admite que “o empenhamento dos meios aéreos seria uma ferramenta extremamente importante” neste combate. “Vinham dar, efetivamente, um apoio muito significativo às forças terrestres” que estiveram a combater as chamas durante toda a noite.
A intervenção dos meios aéreos foi provada e, às 9h30, estavam já a operar 11 meios aéreos.
“Mobilizou-se, durante a noite, 11 grupos de reforço terrestre para o combate ao incêndio” e “foi reorganizado o teatro das operações”, revela o comandante.
Quanto a casas ameaçadas, Carlos Pereira adianta à Renascença que houve necessidade de evacuar “algumas habitações isoladas”, mas não se registou qualquer ferido civil.
As vítimas deste combate são bombeiros. No sábado, um acidente resultou na morte de um bombeirode um bombeiro, “num ferido grave, dois feridos leves e um assistido”, acrescenta Carlos Pereira.
O incêndio em Oleiros teve início na tarde de sábado e já consumiu muitos hectares de pinhal.
A situação de maior risco é, neste momento, a das duas frentes que entretanto avançaram para os concelhos de Proença-a-Nova e Sertã. Estão 650 bombeiros na zona.
[Notícia atualizada às 9h30, com atualização dos meios aéreos]