O Governo aprovou em Conselho de Ministros a Estratégia Anticorrupção. Entre as medidas previstas está a proteção de denunciantes e a possibilidade de dispensa de pena para quem romper o silêncio.
A ministra da Justiça revelou que as médias e grandes empresas, públicas e privadas, terão de ter planos de prevenção, códigos de conduta e canais para denúncias internas.
A dispensa da pena pressupõe algumas condições, nomeadamente, a devolução da dádiva e a colaboração com o Ministério Público.
As medidas foram apresentadas pela ministra da Justiça e o pacote legislativo vai agora ser apreciado na Assembleia da República. Francisca Van Dunem espera que o projeto tenha "o mais amplo consenso" dado que "não há nenhum partido que não tenha interesse no combate à corrupção".
A governante revelou ainda que foram identificadas algumas necessidades de repressão criminal, entre as quais a aproximação do inquérito à data dos factos e facilitar a separação dos processos.
Será também criada uma entidade de acompanhamento para a implementação desta estratégia. Esta entidade será independente e terá um presidente, um vice-presidente e três comissões, especificou a governante.
Os prazos de prescrição vão ser alargados para 15 anos, no caso do funcionários públicos e titulares de cargos políticos, especificou a governante, realçanado que se trata de uma "harmonização".