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“Portugal procurará contribuir ao esforço de ajuda e reconstrução, quer diretamente, quer através da União Europeia e das Nações Unidas, exprimindo ao Povo irmão moçambicano e a todos quantos, em particular portugueses, foram afetados por esta grande tragédia”, refere o Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa adianta na nota publicada no site da Presidência ter falado com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, para se inteirar de “mais detalhes sobre os efeitos do ciclone no centro de Moçambique e particularmente na cidade da Beira, com um balanço bem mais trágico e dramático do que inicialmente estimado, quer em enormes perdas de vidas humanas e de feridos, quer em destruições e perdas de bens”.
O chefe de Estado português já tinha enviado uma mensagem ao seu homólogo na passada sexta-feira na qual expressou condolências pelas “trágicas consequências” da passagem do ciclone.
“O Presidente da República expressou, em nome do povo português e no seu próprio, sentidas condolências pelas trágicas consequências resultantes das violentas calamidades naturais que afetaram as regiões do Centro e do Norte de Moçambique”, refere a mensagem.
Na segunda-feira, o Governo português divulgou que “até agora não há registo de cidadãos portugueses mortos, feridos ou em situação de perigo” devido à passagem do ciclone Idai em Moçambique, mas “várias dezenas perderam casas e bens”.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué provocou pelo menos 222 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos na segunda-feira.
Mais de 1.5 milhões de pessoas foram afetadas pela tempestade naqueles três países africanos.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que o ciclone poderá ter provocado mais de mil mortos em Moçambique, estando confirmados atualmente 84.
Estimativas iniciais do Governo de Moçambique apontam para 600 mil pessoas afetadas, incluindo 260 mil crianças.
O ciclone, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora atingiu a Beira, a quarta maior cidade de Moçambique, na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes sem energia e linhas de comunicação.
No Maláui, as estimativas do Governo apontam para que tenham sido afetadas mais de 920 mil pessoas nos 14 distritos afetados, incluindo 460 mil crianças. Há registos de pelo menos 56 mortos e 577 feridos.
No Zimbabué, a avaliação das autoridades apontava para cerca de 1.600 casas e oito mil pessoas afetadas no distrito de Chimanimani, em Manicaland, com registos de 82 mortes e 217 pessoas desaparecidas.