Jorge Jesus não esconde que o futuro o assusta, na convivência com a pandemia da Covid-19, e revela as dificuldades sentidas na passada semana, face ao surgimento de um surto no Benfica.
Em conferência de imprensa, após a derrota (2-1) com o Sporting de Braga, na meia-final da Taça da Liga, o treinador do Benfica assumiu que a semana foi "muito complicada", com o aparecimento de "26 casos", com o clube e a equipa a terem de se adaptar.
"Tive de treinar uns jogadores a uma hora, outros a outra, não nos encontrávamos. Foi como numa família terem de estar todos separados. Claro que o futuro me assusta. Já são 18 jogadores que já tiveram este problema. Não sei o que é que vai acontecer daqui para a frente. Da minha equipa técnica, o único que não está infetado sou eu. É complicado emocionalmente. Até é mais fácil o jogo do que durante a semana ter de andar a gerir uma família que tem de estar toda separada. A última semana não foi fácil para nós", relatou.
Jesus salientou que todo o país está a "atravessar um período muito difícil", com mais de 10 mil casos e 200 mortes por Covid-19 diários.
"Estar a morrer 200 pessoas por dia dói o coração de qualquer português. Não morreu ninguém no Benfica, mas numa semana houve 26 casos. Tivemos de nos adaptar", reconheceu.