Liz Truss, até agora ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, é a nova líder do Partido Conservador e será a próxima primeira-ministra britânica.
O anúncio foi feito pelas 12h30 desta segunda-feira, pondo fim a um processo de dois meses para a escolha do sucessor de Boris Johnson, que se demitiu em julho.
"É uma honra ser eleita líder do partido", começou por dizer Liz Truss, agradecendo aquela que foi a "mais longa entrevista de emprego da História".
O seu "amigo" Boris Johnson foi a primeira pessoa que mencionou, salientando o seu trabalho para fazer acontecer o Brexit, a disputa que travou com Jeremy Corbin, a implementação da vacina da covid-19 no Reino Unido e ter enfrentado Vladimir Putin. "És admirado de Kiev a Carlisle", garantiu.
"Fiz esta campanha como conservadora e governarei como conservadora."
Também prometeu "dar provas face à crise energética", garantindo que haverá novidades nas "contas da eletricidade" dos britânicos e que serão dadas respostas aos problemas no abastecimento de gás.
O processo de eleições internas no Partido Conservador prolongou-se por oito semanas e lançou um nome favorito: o de Liz Truss, que se torna agora a terceira mulher a assumir a chefia do Governo britânico, seguindo as pisadas de Margaret Thatcher e Theresa May, ambas conservadoras.
De um total de pouco mais de 172 mil militantes registados para votar, participaram no processo 82,6%. Do total de votos, Truss conquistou 81.326, contra cerca de 60 mil para Rishi Sunak.
Na terça-feira, Boris Johnson fará um discurso de despedida antes de viajar até à Escócia, para entregar o seu pedido oficial de resignação à Rainha Isabel II.
Depois disso, a rainha convidará Truss a formar Governo, altura em que tomará posse como a nova primeira-ministra do Reino Unido.