O caso das viagens pagas pela Galp a membros do Governo demonstra a necessidade urgente de “criar regras claras que definam que tipo de ofertas ou benefícios podem, ou não, receber os membros do governo e os deputados”, na opinião do director executivo da Associação Transparência e Integridade, João Paulo Batalha.
A solução passa por criar um “código de conduta, como já existe em vários países”, para aplicar a membros do Governo e dos gabinetes ministeriais, afirma Batalha, em declarações à Renascença.
Para o porta-voz da Associação Transparência e Integridade, esta solução só é “benéfica para os políticos”, pois permite perceber que tipo de oferta ou benefícios podem aceitar.
João Paulo Batalha acrescenta que, actualmente, “este tipo de coisas é decidido de forma minuciosa e sem grande critério, apenas através do critério individual”.
Segundo o director da Transparência e Integridade, esta regulamentação ainda não existe “porque Portugal tem uma péssima cultura em matéria de conflitos de interesse”. “Não há vontade política em resolver este tipo de situações”, acrescenta.