​Caso Galp. Transparência e Integridade defende criação de regras
04-08-2016 - 15:34

Associação considera que a polémica em torno das viagens pagas pela petrolífera resulta da “falta de discernimento dos membros do Governo envolvidos e, infelizmente, uma falta de uma cultura de boa gestão e prevenção de conflitos de interesses".

O caso das viagens pagas pela Galp a membros do Governo demonstra a necessidade urgente de “criar regras claras que definam que tipo de ofertas ou benefícios podem, ou não, receber os membros do governo e os deputados”, na opinião do director executivo da Associação Transparência e Integridade, João Paulo Batalha.

A solução passa por criar um “código de conduta, como já existe em vários países”, para aplicar a membros do Governo e dos gabinetes ministeriais, afirma Batalha, em declarações à Renascença.

Para o porta-voz da Associação Transparência e Integridade, esta solução só é “benéfica para os políticos”, pois permite perceber que tipo de oferta ou benefícios podem aceitar.

João Paulo Batalha acrescenta que, actualmente, “este tipo de coisas é decidido de forma minuciosa e sem grande critério, apenas através do critério individual”.

Segundo o director da Transparência e Integridade, esta regulamentação ainda não existe “porque Portugal tem uma péssima cultura em matéria de conflitos de interesse”. “Não há vontade política em resolver este tipo de situações”, acrescenta.