O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fica satisfeito com os dados da execução orçamental divulgados esta terça-feira, que apontam para um excedente de quase mil milhões de euros, mas espera para ver até ao final do ano e admite uma injeção de capital na banca.
Os dados da execução orçamental são resultado de uma "gestão criteriosa", diz o Presidente da República, mas ainda faltam a informação do último trimestre, que comporta sempre mais despesa.
O Presidente sublinha que também falta saber se será necessário antecipar uma nova injeção de capital na banca ainda este ano, o que pode alterar as contas.
“Significa que é uma gestão muito criterioso, mas também ainda não compreende os meses finais, que são meses de muita despesa, porque há acertos de contas nos últimos meses nos vários sistemas e subsistemas. Eu cheguei a dizer, a certa altura, que estava convencido que poderíamos ter excedente orçamental este ano, mas vamos esperar pelas despesas de novembro e dezembro e sobre reflexos ou não da necessidade de injeção no sistema financeiro”, afirma o chefe de Estado.
Interrogado se está preocupado com a situação no Montepio, respondeu: "Não, não é o Montepio. Se for, é no Novo Banco. Mas não sei se é este ano ou não. Vamos ver. De todo o modo, é um resultado excelente".
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no final de uma visita ao Mercado Social de Natal do Rato, em Lisboa.
O Presidente contribuiu em todas as bancas, mas garante ter sido contido. "Foi um euro e meio aqui, dois ali, três ali, mas foi tudo muito bem medido", garantiu, no final, Marcelo Rebelo de Sousa, que saiu carregado de livros de edições antigas, várias peças de artesanato, compotas e marmelada, tudo a preços acessíveis e para ajudar as instituições presentes neste mercado de Natal solidário.