Há cada vez mais utentes em lista de espera para aceder à Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).
De acordo com os dados publicados esta segunda-feira pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), em 2022 “verificou-se uma tendência de agravamento da mediana do tempo desde a referenciação até à identificação de vaga” nas UMDR (Unidades de Média Duração e Reabilitação) e nas ULDM (Unidades de Longa Duração e Manutenção), “em todas as regiões”.
Nas UC (Unidade de Convalescença) e ECCI (Equipas de Cuidados Continuados Integrados – Domiciliárias) “a mediana do tempo de espera agravou-se na maioria das regiões de saúde”.
“A duração média do internamento excedeu a duração previsível para a tipologia respetiva, na maioria das regiões de saúde, o que impactará no tempo de espera até obtenção de vaga”, lê-se no comunicado.
Os dados obtidos através da monitorização da Entidade Reguladora da Saúde mostram que “mais de 90% da população residente em Portugal continental residia a 60 minutos ou menos de um ponto da RNCCI com internamento”.
Dos utentes efetivamente internados em 2022, cerca de 80% residia a 60 minutos ou menos da unidade respetiva, e mais de 40% residia a 30 minutos ou menos”.
Espera de um ano na saúde mental
Já no que toca ao acesso aos Cuidados continuados integrados de saúde mental (CCISM) da RNCCI, em 2022, cerca de 69,2% da população possui acesso a pelo menos uma RAMa considerando 60 minutos de viagem, sendo esta a tipologia com maior abrangência populacional, o que contrasta com 38,3% da população com cobertura por uma Residência de Treino de Autonomia (RTA) a menos de 60 minutos.
A duração média de internamento/acompanhamento em todas as tipologias de CCISM (internamento, ambulatório e domicílio), exceto RTA de adultos, é significativamente superior aos 12 meses que constam como tempo previsto para cada tipologia.