As entradas em museus, monumentos e palácios tutelados pelo Estado vão passar a ser gratuitas aos domingos e feriados para os cidadãos residentes em Portugal a partir de 1 de setembro.
De acordo com o novo regulamento de acesso a museus, publicado a 4 de agosto em Diário da República, são também atualizados os valores dos bilhetes nos espaços dependentes da Direção-Geral do património Cultural (DGPC).
No documento, o Governo justifica a atualização do regulamento em vigor desde 2014 com o “crescimento da atividade turística, em função da qual se diversificou a oferta cultural nos últimos anos, quer da introdução do canal de venda ´online´, com a aquisição, em 2021, do novo sistema de bilhética”.
O regulamento atualiza também os valores de ingresso nestes espaços dependentes da Direção-Geral do património Cultural (DGPC), de acordo com o despacho publicado a 4 de agosto em Diário da República.
No documento, o Governo justifica a atualização do regulamento em vigor desde 2014 com o “crescimento da atividade turística, em função da qual se diversificou a oferta cultural nos últimos anos, quer da introdução do canal de venda ´online´, com a aquisição, em 2021, do novo sistema de bilhética”.
Atualmente, as entradas nos Museus, Monumentos e Palácios sob dependência da DGPC são gratuitas aos domingos e feriados até às 14h para todos os visitantes.
A partir de 1 de setembro, a gratuitidade de acesso aos museus, monumentos e palácios em geral (e não apenas ao domingo e feriado) também abrange crianças e jovens até aos 12 anos, visitantes em situação de desemprego residentes na União Europeia, investigadores, profissionais de museologia e/ou património, conservadores e restauradores, desde que em exercício de funções, professores e alunos de qualquer grau de ensino superior, incluindo Universidades Sénior e instituições de formação profissional credenciados em visita de estudo, e grupos com comprovada carência económica.
Neste acesso gratuito – cuja reestruturação teve em conta “o princípio basilar do acesso universal à cultura”, segundo o despacho – continuam a estar contemplados, entre outros, os antigos combatentes, visitantes com incapacidade comprovada igual ou superior a 60%, profissionais de turismo ou da comunicação social, incluindo as novas plataformas digitais, desde que credenciados e em exercício de funções, visitantes em eventos corporativos ou situações ocasionais.
Quantos aos descontos, mantêm-se os 50% para visitantes com idade igual ou superior a 65 anos, o mesmo para jovens entre os 13 e os 24 anos, e “famílias, desde que constituídas, pelo menos, por dois elementos, sendo um deles adulto e outro menor”, além dos protocolos.
Globalmente, o novo Regulamento Geral de Bilhética e Acesso aos museus, monumentos e palácios da DGPC faz alguns ajustamentos, nomeadamente quanto às tabelas relativas às visitas guiadas e aos parâmetros das isenções e descontos, normas e tabelas aplicáveis às visitas guiadas, tendo em conta a sua especificidade.
Ajustaram-se e extinguiram-se algumas tipologias de bilhetes-circuito, cujo preçário se mantinha inalterado desde 2014, segundo o documento.
Entre outras alterações, há a criação de uma tabela de preços própria para as exposições temporárias e foi feita a fusão, numa única tipologia, dos bilhetes com desconto de Cartão Jovem e Cartão de Estudante e dos bilhetes Família e Família Numerosa, segundo o despacho assinado a 27 de julho pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, e pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.
Numa entrevista à RTP3 em julho, Pedro Adão e Silva lembrava que “70% dos visitantes dos museus portugueses são estrangeiros” e, dos 30% de visitantes portugueses, “só 15% é que paga bilhete inteiro, tudo o resto tem descontos muito significativos, de 50 a 60%”.
“Nós podemos, com este género de alteração, ter um efeito na receita significativo”, defendeu, na altura.
De acordo com os dados estatísticos da DGPC, em 2022, os museus, monumentos e palácios nacionais somaram 3,3 milhões de visitantes, o que representou uma recuperação de quase dois milhões de entradas face às perdas durante a pandemia da Covid-19.
No entanto, os números ficaram aquém dos cerca de quatro a cinco milhões, atingidos antes da pandemia, entre 2017 e 2019.
Veja a lista de museus e monumentos aqui.