O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, pediu na sexta-feira à Índia para cooperar com o Canadá depois de Otava ter acusado Nova Deli de estar envolvida no assassinato de um líder sikh no Canadá.
"Do nosso ponto de vista, é crucial que a investigação canadiana continue", disse Blinken, quando questionado sobre o assunto durante uma conferência de imprensa em Nova Iorque.
"E seria importante para a Índia colaborar com os canadianos nesta investigação", sublinhou, acrescentando que os Estados Unidos estão em contacto com as autoridades indianas e que Washington deseja que a investigação tenha sucesso e permita que a justiça seja feita e as responsabilidades estabelecidas.
"Ficamos extremamente alerta sempre que há alegações de repressão transnacional, é algo que levamos muito, muito a sério", disse o responsável pela pasta dos Negócios Estrangeiros dos Estados Unidos.
O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, abriu uma crise diplomática ao sugerir que as autoridades indianas estavam envolvidas no assassinato, em junho passado, de um líder sikh e cidadão canadiano, Hardeep Singh Nijjar.
Hardeep Singh Nijjar, morto a tiro em 18 de junho por agressores desconhecidos no estacionamento de um templo sikh, foi acusado de terrorismo pelas autoridades indianas por defender a criação de um país independente no estado de Punjab, o Khalistão, para a minoria sikh.
A acusação de Trudeau foi seguida da expulsão do Canadá de um diplomata indiano em Otava e Nova Deli, considerando a acusação "absurda", expulsou também um diplomata canadiano.
O assunto é delicado para os Estados Unidos, país vizinho e aliado histórico do Canadá, mas que se comprometeu, sob a liderança do Presidente Joe Biden, a aproximar-se do Governo indiano liderado por Narendra Modi.
A Casa Branca negou rapidamente, na quinta-feira, qualquer "discordância" entre os Estados Unidos e o Canadá sobre a Índia, em reação a notícias da imprensa.