O Presidente do Brasil continua a minimizar a ameaça do novo coronavírus, falando de uma “gripezinha” e criticando o que considera ser a “histeria coletiva” da população e das outras nações.
“Depois da facada, não será uma gripezinha que me vai derrubar. Se o médico ou o ministro me recomendarem a fazer um novo exame, eu farei. Caso contrário, vou comportar-me como qualquer um de vocês aqui presentes”, afirmou em entrevista a um programa televisivo brasileiro.
Até ao momento, o Presidente não divulgou publicamente as cópias dos dois exames clínicos que, segundo o próprio, testaram negativo para o novo coronavírus. Vinte membros da comitiva presidencial, que, tal como Bolsonaro, viajaram para os Estados Unidos no início deste mês, testaram positivo para a Covid-19.
Ainda na sexta-feira, criticou a recomendação para encerrar, por parte de alguns estados brasileiros, locais de culto e centros comerciais para conter a pandemia.
“Para satisfazer os seus eleitores, tomam medidas absurdas, fechando centros comerciais. Alguns querem fechar a igreja, o último refúgio do povo”.
“Onde já se viu? Tem prefeito querendo impedir isso. É um direito constitucional e o pastor vai saber como conduzir isso com o seu povo”, disse o chefe de Estado, num momento em que os governadores de São Paulo, João Dória, e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, pediram o fecho de vários espaços públicos.
Até agora, o Brasil contabiliza 11 mortes e 977 casos confirmados de coronavírus.