Concentração de ozono ultrapassou níveis de segurança em Montemor-o-Velho e Leiria
11-08-2016 - 23:42

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro alerta que foi ultrapassado o valor da concentração de ozono de 180 microgramas por metro cúbico.

A concentração de ozono no ar ultrapassou nos concelhos de Montemor-o-Velho e de Leiria os níveis a partir dos quais pode afectar a saúde, especialmente dos grupos populacionais mais sensíveis, informaram as autoridades.

Em nota enviada esta noite à agência Lusa, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) afirma que, segundo dados registados nas estações de Montemor-o-Velho e de Ervideira (Leiria), segundo a medição da qualidade do ar, foi hoje ultrapassado o valor da concentração de ozono de 180 microgramas por metro cúbico.

Aquele é o valor estabelecido como limiar de informação obrigatória ao público.

Entre as 18h00 e as 19h00 desta quinta-feira, foram registadas, naquelas estações, as concentrações médias horárias de 193 e de 206 microgramas por metro cúbico nas estações de Ervideira, no concelho de Leiria, e de Montemor-o-Velho, no distrito de Coimbra, respectivamente.

A CCDRC alerta para o facto de os valores de concentração registados poderem "provocar danos na saúde humana, especialmente nos grupos mais sensíveis da população (crianças, idosos, asmáticos, alérgicos e indivíduos com outras doenças respiratórias ou cardíacas)".

A exposição a este poluente afecta, essencialmente, "as mucosas oculares e respiratórias, podendo o seu efeito manifestar-se através de sintomas como tosse, dores de cabeça, dores no peito, falta de ar e irritações oculares", sublinha.

A CCDRC recomenda que os residentes nos locais afectados "reduzam ao mínimo" a actividade física intensa no exterior "sobretudo ao ar livre" e evitem outros factores de risco, "tais como fumar ou utilizar/contactar com produtos irritantes contendo solventes na sua composição", como gasolina, tintas e vernizes.

As pessoas devem respeitar "rigorosamente tratamentos médicos em curso" e recorrer a cuidados médicos "em caso de agravamento de eventuais sintomas", adverte ainda a CCDRC.