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A retoma do campeonato em fase de pandemia não disfarça os problemas financeiros que os clubes atravessam devido à paragem dos campeonatos. O Vitória de Setúbal é o primeiro emblema a deslocar-se à Madeira, para defrontar o Marítimo, mas não pode ser a qualquer preço, avisa Paulo Gomes, presidente dos sadinos.
"Quando o campeonato parou abruptamente, estávamos a dois dias de ir à Madeira. Temos as passagens todas as pagas e também o hotel. Portanto, não vão pedir ao Vitória para fretar um charter. Ainda não chegamos a acordo com o Bayern de Munique, com o Barcelona ou com o Real Madrid desta Europa. Se calhar, um dia vamos lá chegar. Também não sei se o Ronaldo terá o seu avião disponível para irmos à Madeira", ironiza o líder dos sadinos em Bola Branca.
O Setúbal chegará até ao arquipélago madeirense com cinco testes à Covid-19, estes e outros encargos estão a estrangular as débeis finanças de alguns clubes portugueses.
Por isso mesmo, o dirigente deixa um agradecimento aos jogadores do plantel vitoriano, por terem "no primeiro acordo proposto" aceitado, de imediato, as condições oferecidas.
Lembra que, "sem a televisão e os operadores", era impossível terem sido cumpridas algumas obrigações com profissionais e outros funcionários do clube.
A expectativa nesta altura está ainda ligada às vistorias efetuadas ao Bonfim. Esta terça-feira, decorreu uma sob a égide da Direção Regional da Saúde, segundo Paulo Gomes, com recomendações apenas sobre "sinalética e não estruturais", deixando por isso um sentimento de confiança para a utilização do seu estádio como visitado, nos jogos que faltam disputar.
"Não pode haver outra decisão (jogar no Bonfim), se houver há algum mal no futebol português", remata o presidente do Vitória de Setúbal, Paulo Gomes.