A procuradora do Ministério Público Marta Viegas pediu, esta quarta-feira, MP pena de prisão para Rui Pinto por crimes de extorsão, acesso ilegítimo e violação correspondência.
No arrranque das alegações finais do processo "Football Leaks", a magistrada considerou ter ficado provoado que Rui Pinto acedeu ilegitimamente a "sites" de vários organismos e instituições.
Marta Viegas deixou à consideração do tribunal definição da medida da pena e como será cumprida caso o decida.
Entre os "sites" indevidamente acedidos estão os da FPF, da sociedade de advogados PLMJ, da Procuradoria Geral da República e do Sporting Clube de Portugal.
De acordo com a procuradora, o arguido teve acesso a toda a rede de caixas de correio, conteúdos que foram depois exfiltrados. "Acedeu a caixas de correio de procuradores, assim como documentacao confidencial do DCIAP", disse.
A procuradora descreveu Rui Pinto como "um indivíduo que pensa ter poderes pseudojusticialistas", advertindo para o facto de que “o interesse público não pode estar refém do 'tudo posso, quero e sei' nem de agendas próprias".
"'Interesse público' não é o mesmo que 'interesse do público’", enfatizou Marta Viegas.