Luís Bravo, presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), confirma à Renascença a realização dos serviços mínimos nos comboios, mas revela que, em alguns casos, há dificuldades no cumprimento desses mínimos, por culpa da CP – Comboios de Portugal.
“Confirmo que estão a ser cumpridos os serviços mínimos, com alguma dificuldade, mas a empresa, em algumas situações, não está a facultar as condições necessárias para que os trabalhadores recuem”, começa por explicar o presidente do Sindicato.
A greve dos trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP, que começou este domingo, levou, até às 8h00, à supressão de 46% de comboios previstos, segundo disse à agência Lusa fonte oficial daquela empresa.
Este domingo, o efeito desta greve não é tão grande, já que aos fins de semana os horários são mais reduzidos. A partir de segunda-feira, o cenário já será diferente, garante Luís Bravo.
“Amanhã haverá mais comboios, certamente haverá muitos condicionalismos, mas somos um sindicato responsável e iremos cumprir sempre com os serviços mínimos”, sublinhou.
Por isso, a CP admite que esta paralisação possa causar fortes perturbações na circulação de comboios a nível nacional.
Na origem do protesto está a alegada recusa de diálogo e inoperância da CP na resolução dos problemas dos trabalhadores, que vão desde aumentos salariais ao aumento de polivalência de funções.