A Associação de Promotores de Espetáculos Festivais e Eventos (APEFE) reivindica 2,5% das verbas da bazuca europeia para a cultura, que considera estar em situação de “calamidade” devido à pandemia de Covid-19.
No manifesto “Sem cultura, não há futuro”, enviado à Assembleia da República, a APEFE acusa o Governo de falta de coragem e defende um pacote de medidas para evitar uma tragédia no setor.
“É urgente classificar a situação atual na cultura como de calamidade nacional e regular a sua aplicação ao setor”, sublinham os signatários.
A APEFE não compreende que a Cultura tenha sido excluída das prioridades do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e reivindica 2,5% do valor da “bazuca europeia”, uma verba a rondar os 112 milhões de euros.
Neste manifesto, a associação também defende a criação de uma “linha de crédito específica para o setor cultural, com carência de dois anos, maturidade a seis e conversão de parte em subvenção não reembolsável de apoio à produção e manutenção de emprego”.
Outras medidas passam pelo incremento de projetos de dinamização cultural em todo o país,
benefícios fiscais para empresas que mantenham ou intensifiquem o seu investimento no apoio a iniciativas e espetáculos culturais e uma “verdadeira Lei do mecenato”.