“Parece um momento humorístico”, diz Henrique Raposo sobre a falta de SMS da Proteção Civil a alertar para o mau tempo.
A ANPC alega que foi uma opção, preferindo o contacto direto com a população e a emissão de alertas através da comunicação social.
“Então, porque gastámos um milhão de euros nesse serviço que não usamos por opção?”, questiona o comentador das Três da Manhã.
Jacinto Lucas Pires também diz não entender. “A Proteção Civil diz que há meios mais eficazes. Mas não se deve usar todos os meios?”, pergunta.
Na opinião deste comentador que divide o espaço das segundas e quartas-feiras com Henrique Raposo, há “uma característica portuguesa” que deve ser alterada: “não quereremos investir no que ainda não aconteceu”.
“Temos de investir quando o desastre não está a acontecer”, apela.
No distrito de Coimbra, dois diques do rio Mondego cederam à força da água. “Nos últimos anos, a Câmara de Coimbra retirou areia do Mondego aqui de Coimbra”, lembra Henrique Raposo, colocando a questão: “foram reforçados os diques a jusante?”
Jacinto Lucas Pires volta a insistir: “É a questão de manutenção e investimento, que não aparece nas notícias, que é o trabalho invisível do dia a dia, mas que não podemos deixar de fazer. É um trabalho invisível, mas urgente”, sublinha.