O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não vai estar presente no funeral Mikhail Gorbachev, o informou esta quinta-feira o Kremlin.
O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, referiu que o horário de trabalho de Putin não lhe permite participar nas cerimónias fúnebres do último Presidente da URSS, marcado para o próximo sábado.
Peskov confirmou que o líder do Kremlin compareceu no velório, tendo colocado rosas vermelhas ao lado da urna de Gorbachev.
"Infelizmente, o horário de trabalho do Presidente não permitirá que ele faça isso a 3 de setembro, então ele decidiu fazê-lo hoje", disse Peskov aos jornalistas.
Putin não será o único notável ausente do funeral. Muitos dos líderes estrangeiros que poderiam estar presentes estão atualmente impedidos de entrar em solo russo, em retaliação às sanções ocidentais impostas por causa da invasão russa da Ucrânia.
O Presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, estão entre os excluídos.
Mikhail Gorbachev liderou a União Soviética na reta final da Guerra Fria, entre outubro de 1988 e finais de dezembro de 1991, numa altura em que o país já estava em processo de dissolução.
Em 2005, o atual Presidente russo disse que o desmembramento da URSS foi "a maior catástrofe geopolítica do século XX".
No entanto, no telegrama de condolências enviado à família de Gorbatchev, Vladimir Putin descreveu o último líder soviético como "um estadista que teve um enorme impacto no curso da história mundial".
No próximo sábado, o funeral de Gorbatchev será aberto ao público, no Salão das Colunas da Casa dos Sindicatos, em Moscovo.
O corpo do último Presidente da URSS será, depois, sepultado no cemitério Novodevichy, ao lado da sua mulher, Raisa, que morreu em 1999.