O líder do PSD, Rui Rio, falou esta segunda-feira pela primeira vez da publicação na rede social Twitter que usou o caso da morte de Ihor Homenyuk, o cidadão de nacionalidade ucraniana que morreu em março deste ano nas instalações do SEF no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
“Fui muito criticado e fui muito apoiado… são opiniões”, respondeu o líder social-democrata aos jornalistas, depois de confrontado com a onda de críticas que a publicação gerou ao longo do fim de semana.
Rio esclareceu o tom da publicação enquanto falava após um encontro com representantes sindicais e laborais do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Em causa está a sondagem do semanário Expresso, segundo a qual o PSD e Rui Rio desciam nas intenções de voto dos portugueses, depois do acordo de Governo para os Açores, enquanto o PS sobe nas preferências dos eleitores, segundo aquele estudo de opinião.
Para o líder social democrata, “é quase um insulto à nossa inteligência. Com tudo o que tem acontecido no país, sendo o caso mais grave o da morte do cidadão ucraniano é quase um insulto que o Partido Socialista e o Governo continuem a subir nas considerações dos portugueses”.
Na conferência de imprensa à saída da reunião com os profissionais do SEF, Rio classificou o homicídio de Ihor Homenyuk como uma “situação lamentável” e mostrou-se “altamente preocupado” com outros exemplos de violência nas instalações do SEF conhecidos nos últimos dias.
No entanto, o presidente do PSD defende que “a situação não é sistémica” e que é sensato desautorizar todos os agentes do SEF.