A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos recebe mais um apoio internacional na luta contra a legalização da eutanásia. A Associação de Cuidados Paliativos da Grã-Bretanha e da Irlanda divulgou um comunicado onde apela a um maior investimento nos cuidados em fim de vida.
Em declarações à Renascença, Duarte Silva Soares, da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, considera este apoio muito importante e questiona porque é que o legislador português não segue as boas práticas britânicas.
“Se o Reino Unido rejeita persistentemente leis que estão bem elaboradas, bem fundamentadas pró-eutanásia, se as rejeita por entender que são inseguras e que trazem consequências que são nefastas e uma mensagem errada para a gerações futuras, a questão que nos fica é porque é que temos tanto atraso a copiar Reino Unido naquilo que são os serviços e a provisão de cuidados no final da vida com qualidade e queremos acelerar o processo e ultrapassar o Reino Unido nesta questão”, explica.
Quanto ao comunicado emitido pela associação britânica, Duarte Silva Soares destaca a defesa de “uma clara opção de o caminho a seguir e o caminho urgente a fazer é um bom investimento sério em cuidados paliativos”.
Os quatros projetos de lei para despenalizar e regular a morte medicamente assistida em Portugal vão ser debatidos e votados, na generalidade, na terça-feira na Assembleia da República.