O ministro grego das Migrações, Notis Mitarakis, disse esta quarta-feira que o incêndio que destruiu esta madrugada uma grande parte do campo de refugiados de Moria, na ilha de Lesbos, foi desencadeado por incidentes provocados por requerentes de asilo.
“Diversos incidentes ocorreram no campo durante a noite de terça para quarta-feira (...). Os incidentes em Moria eclodiram quando os requerentes de asilo protestavam contra a quarentena” imposta naquele campo de processamento e de acolhimento para migrantes e refugiados após o diagnóstico de pelo menos 35 casos positivos da doença covid-19, disse o ministro helénico, durante uma conferência de imprensa em Lesbos, garantindo que não há registo de "feridos graves".
Notis Mitarakis assegurou ainda que "fenómenos de delinquência como aqueles que foram vividos ontem [terça-feira] não ficarão impunes”.
O incêndio no campo de Moria, considerado um dos maiores e com piores condições da Europa, começou simultaneamente em vários pontos daquele recinto, logo depois de as autoridades gregas terem comunicado às 35 pessoas diagnosticadas com a doença covid-19 que tinham de ficar isoladas.
O incêndio destruiu praticamente todo o local, onde viviam atualmente cerca de 13 mil pessoas, o que representa mais do quádruplo da sua capacidade, em condições consideradas insalubres e desumanas.
Segundo indicou a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o incêndio terá destruído 80% do recinto do campo de Moria.
Ainda na conferência de imprensa na ilha de Lesbos (no mar Egeu), Notis Mitarakis informou que o Governo grego vai disponibilizar um ‘ferry’ e duas embarcações da Marinha helénica para acomodar quase mil dos cerca de 3.500 refugiados que ficaram desalojados na sequência do incêndio, principalmente pessoas que integram grupos classificados como mais vulneráveis.
O ministro precisou que o ‘ferry’ vai chegar à ilha de Lesbos hoje à noite, enquanto as duas embarcações da Marinha deverão chegar na quinta-feira.
As restantes pessoas serão instaladas em tendas que foram transferidas de outras ilhas gregas.
O ministro das Migrações grego também informou que 400 migrantes menores que ainda permaneciam em Moria estão a ser transferidos para o território continental grego ao abrigo de uma operação financiada pela União Europeia e coordenada pela OIM.
O Governo grego decidiu hoje declarar estado de emergência na ilha de Lesbos, na sequência do incêndio.
Nos próximos dias, será realizada uma campanha de testes à covid-19 em massa na ilha de Lesbos, que vai abranger migrantes e refugiados e a população de Mitilene, a capital da ilha, acrescentou ainda Notis Mitarakis, que hoje visitou o recinto do campo de Moria juntamente com outros membros do Governo da Grécia.
A par de Lesbos, outras quatro ilhas gregas no mar Egeu (próximas da Turquia) - Chios, Samos, Kos e Leros - acolhem campos de processamento e de acolhimento para migrantes e refugiados sobrelotados, também conhecidos como 'hotspots'.
Mais de 24 mil migrantes e refugiados vivem em condições insalubres nestes campos, cuja capacidade total é de cerca de 6.100 pessoas.O ministro precisou que o ‘ferry’ vai chegar à ilha de Lesbos hoje à noite, enquanto as duas embarcações da Marinha deverão chegar na quinta-feira.
As restantes pessoas serão instaladas em tendas que foram transferidas de outras ilhas gregas.
O ministro das Migrações grego também informou que 400 migrantes menores que ainda permaneciam em Moria estão a ser transferidos para o território continental grego ao abrigo de uma operação financiada pela União Europeia e coordenada pela OIM.
O Governo grego decidiu hoje declarar estado de emergência na ilha de Lesbos, na sequência do incêndio.
Nos próximos dias, será realizada uma campanha de testes à covid-19 em massa na ilha de Lesbos, que vai abranger migrantes e refugiados e a população de Mitilene, a capital da ilha, acrescentou ainda Notis Mitarakis, que hoje visitou o recinto do campo de Moria juntamente com outros membros do Governo da Grécia.
A par de Lesbos, outras quatro ilhas gregas no mar Egeu (próximas da Turquia) - Chios, Samos, Kos e Leros - acolhem campos de processamento e de acolhimento para migrantes e refugiados sobrelotados, também conhecidos como 'hotspots'.
Mais de 24 mil migrantes e refugiados vivem em condições insalubres nestes campos, cuja capacidade total é de cerca de 6.100 pessoas.