A CGTP acusa o primeiro-ministro e o Presidente da República de abandonarem os 1.500 trabalhadores da refinaria da Galp de Matosinhos. Nem os recebem, nem criam soluções para o problema que têm pela frente, acusa a central sindical.
Por isso, algumas dezenas de trabalhadores voltaram a sair à rua nesta quinta-feira e rumar a Lisboa para protestar junto aos Palácios de S. Bento e de Belém.
A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, considera que a decisão de encerrar a refinaria não tem qualquer vantagem, nem sequer para o ambiente.
“O processo de descarbonização vai ter de ser feito naturalmente, mas há necessidades desta refinaria, dos produtos que ali são refinados, quer combustíveis quer outros para a nossa economia e é necessário salvaguardar os postos de trabalho de 1.500 trabalhadores e os postos de trabalho de um conjunto de empresas que dependem da refinaria”, sustenta.
“Este processo vai prejudicar o país, vai prejudicar os trabalhadores e as suas famílias, vai prejudicar a região Norte e não vai resolver o problema do ambiente”, acrescenta.
Depois da concentração junto à residência oficial do primeiro-ministro, os trabalhadores da Galp seguem para os jardins em frente à Presidência da República, em Belém.
Em dezembro de 2020, a Galp anunciou a intenção de concentrar as suas operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines e descontinuar a refinação em Matosinhos este ano.
Os protestos têm-se seguido desde então, com críticas também da parte de responsáveis políticos do Norte.
O Estado é um dos acionistas da Galp, com uma participação de 7%, através da Parpública.