O ministro da Administração Interna declarou, este sábado, que as autoridades estão "atentas e vigilantes" em relação a potenciais ameaças terroristas em Portugal. O Serviço de Informações de Segurança (SIS) aumentou para significativo, na sexta-feira, o grau de risco destas ameaças no país.
José Luís Carneiro considerou que nenhum facto em específico levou o SIS a tomar a decisão de aumentar o nível de risco de ameaça terrorista em Portugal, mas que tal foi necessário devido ao contexto vivido atualmente.
"Não há indício ou facto que tenha sido objeto de apreciação ou que tenha sido diagnosticado. Há é um contexto e em função desse contexto Internacional e desse contexto europeu, entendeu-se reforçar o alerta e a cautela e a prevenção", afirmou o governante.
O governante referiu um "quadro complexo em termos internacionais", composto pela guerra na Ucrânia, "que já comportava em si muitas ameaças e riscos", e pelo atual conflito entre Israel e o Hamas, uma guerra "muito próxima de nós e cujos efeitos se fazem sentir em termos internacionais, em termos europeus", como razões
"Nós fazemos parte de uma mesma comunidade de defesa e de segurança e para ela contribuímos com as nossas forças e os nossos serviços nacionais", declarou José Luís Carneiro aos jornalistas, à saída de uma cerimónia em Baião.
O Sistema de Segurança Interna anunciou, esta sexta-feira, "existirem condições que justificam a alteração do grau de ameaça terrorista em Portugal de 'moderado' para 'significativo'".