A presidente do CDS defende que o país "não pode andar a duas velocidades" e por isso o partido vai continuar a "defender" a redução de impostos para pessoas e empresas no interior.
"Da parte das políticas nacionais há que olhar para todo o território, para serem criadas oportunidades em todo o território porque achamos que não pode haver um país a duas velocidades, nem um país abandonado e esquecido", disse Assunção Cristas.
A líder do CDS-PP, que falava aos jornalistas durante a visita à XIII Feira do Cavalo de Ponte de Lima, defendeu que o seu partido tem sido "o único" a debater-se "pela valorização do mundo rural" e pelos territórios do interior, nomeadamente, em matéria de carga fiscal.
"Somos talvez o único [partido] que, por exemplo, apresentou no Parlamento um verdadeiro estatuto de benefício fiscal para o interior, para valorizar as pessoas que continuam nestes territórios e, sobretudo, para atrair outras que se possam fixar aqui", frisou.
Assunção Cristas disse ainda que apesar das propostas apresentadas pelo CDS em matéria de diminuição da carga fiscal terem sido "rejeitadas" na votação do atual orçamento de Estado e no programa de estabilidade, estas continuam a "fazer parte" do programa eleitoral do partido.
"O CDS tem como prioridade número um a baixa de impostos, temos dito e repetido há muito tempo", frisou a líder centrista, adiantando que o CDS pretende que, nas zonas interiores do país, a taxa de IRS seja reduzida para "metade" e que seja aplicada uma "taxa de 10% de IRC" às empresas.
"Justificam-se políticas também a olhar para estas realidades e isso nós faremos, sabendo que o crescimento económico é aquilo que nos permite trazer pessoas, criar condições para as empresas se instalarem e elas próprias serem motores desse crescimento", sublinhou.
Segundo Assunção Cristas, esta política de benefícios fiscais para as zonas do interior permitirá "atrair talentos, reter talentos, atrair outros talentos e transformar verdadeiramente os territórios e a economia do país".
Questionada pelos jornalistas sobre como avaliava a posição de "total confiança" do primeiro-ministro, António Costa, no ex-ministro da defesa, Azeredo Lopes, que foi constituído arguido no processo relativo ao chamado 'caso Tancos', a líder do CDS defendeu ser "preciso dar tempo para a justiça funcionar".
"O CDS sobre esse assunto já disse o que tinha a dizer, eu creio que agora é preciso dar tempo para a justiça funcionar. Nós tomamos a decisão que tínhamos de tomar na comissão parlamentar de inquérito, é conhecida a nossa decisão", disse Assunção Cristas.