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O número de casos de sarampo confirmados este ano em Portugal subiu para 29, num total de 145 notificações, divulga esta quarta-feira a Direcção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com a última actualização, mais de metade dos casos (59%) ocorreram em pessoas não vacinadas, 45% em profissionais de saúde e quase metade (45%) dos casos confirmados precisaram de internamento.
O boletim epidemiológico da DGS indica ainda que a região de Lisboa e Vale do Tejo é aquela que apresenta mais casos confirmados (21), a maior parte (16) com idade igual ou superior a 18 anos, e um óbito.
Dos 21 casos confirmados na Região de Lisboa e Vale do Tejo, 11 ocorreram em pessoas não vacinadas e das sete pessoas que precisaram de internamento todas já tiveram alta.
Na região do Algarve, a DGS registou sete casos confirmados, cinco dos quais em pessoas não vacinadas. Quatro dos casos ocorreram em crianças com idade inferior a um ano e todas as cinco pessoas que precisaram de internamento já tiveram alta.
A DGS registou ainda um caso da região Norte, de uma criança na faixa etária 1-4 anos que não estava vacinada, precisou de ser internada, mas já teve alta hospitalar.
Na sequência do surto de sarampo em Portugal, a Assembleia da República aprovou, na semana passada e por unanimidade, quatro projectos de resolução (CDS-PP, BE, PSD e PCP) no sentido de aumentar a cobertura de vacinas e sensibilizar a população para a sua necessidade.
Um dia depois, rejeitou a proposta do CDS-PP para que fosse ponderada a possibilidade de impedir as matrículas ou as renovações a alunos que não comprovem a vacinação recomendada no programa nacional.
No passado mês de Abril, depois da morte de uma jovem de 17 anos com sarampo, o Governo emitiu um despacho a obrigar as escolas a comunicarem aos delegados de saúde os casos de alunos que não tivessem as vacinas em dia, de acordo com o Programa Nacional de Vacinação (PNV).
O objectivo de as escolas transmitirem esta informação aos delegados de saúde é, segundo o despacho, "promover o aconselhamento e esclarecimento adequados", bem como sensibilizar as famílias para os benefícios da vacinação.
As vacinas do PNV, que são gratuitas, não são obrigatórias, mas geralmente as escolas, públicas e privadas, pedem o boletim vacinal dos alunos no acto da matrícula ou da inscrição.