O presidente da Comissão de Atletas Olímpicos de Portugal (CAOP) congratula-se com o adiamento dos Jogos de Tóquio por um ano. João Rodrigues diz, em entrevista à Renascença, que esta "era uma decisão esperada". Aquilo que espantava "era o período de quatro semanas que o COI tinha dado para tomar uma decisão", sustenta.
Na opinião do antigo velejador, "a pressão dos últimos dias, e horas, deve ter pesado". "Os Jogos ariscavam-se a não ter os atletas mais representativos do planeta e, portanto, não faria sentido ter uns Jogos nestas condições", argumenta.
Com o adiamento dos Jogos para 2021, a preparação dos atletas terá, necessariamente, de sofrer alterações. João Rodrigues sublinha que "vão fazer um 'reset', voltar à estaca zero e delinear novos planos de treino em conjunto com treinadores e federações".
O presidente da CAOP manifesta, por fim, confiança na resolução da crise criada pela pandemia da Covid-19, afirmando que "tudo leva a crer que se vai conseguir controlar a situação até que surja uma vacina, ou outro meio qualquer". "É difícil prever que ensinamentos tiraremos daqui, mas obriga a uma reflexão", conclui.
O Comité Olímpico Internacional (COI) resistia mas, esta terça-feira, aceitou a proposta do Japão e decidiu deslocar a competição para 2021, devido à pandemia da Covid-19. Thomas Bach, líder do COI, e Shinzo Abe, primeiro-ministro nipónico, conversaram por videoconferência e a decisão foi conhecida minutos após o fim do encontro.