O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, foi empossado esta segunda-feira para um segundo mandato de cinco anos à frente do Governo, durante o qual terá de enfrentar vários desafios, como a situação conflituosa na região do Tigray.
Abiy Ahmed, cujo Partido da Prosperidade (PP) obteve uma vitória esmagadora em junho passado, foi empossado na manhã desta segunda-feira pela presidente do Supremo Tribunal etíope, Meaza Ashenafi.
O primeiro-ministro, galardoado com Prémio Nobel da Paz em 2019 por restaurar os laços com a vizinha Eritreia e por defender reformas políticas radicais, enfrenta agora grandes desafios à medida que a guerra na região do Tigray se espalha para outras partes do país, além da continuidade da violência étnica e as práticas repressivas do Governo, que estão de volta.
A guerra de 11 meses na região do Tigray está a enfraquecer a economia da Etiópia, antes uma das zonas com crescimento mais rápido em África, e ameaçando isolar Abiy, que já foi visto como uma pacificadora regional.
Apenas três chefes de Estado africanos – da Nigéria, Senegal e a vizinha Somália – participaram esta segunda-feira na cerimónia de posse do primeiro-ministro etíope.
O governo da Etiópia enfrentou na semana passada a condenação das Nações Unidas, dos Estados Unidos e de vários países europeus depois de expulsar sete funcionários da ONU que acusou de apoiar as forças do Tigray, que têm lutado contra forças etíopes e aliadas.