O antigo ministro Paulo Portas falou na terça-feira, pela primeira vez, sobre o caso do furto aos paióis de Tancos, sublinhando as consequências para a imagem do país no exterior.
“Chamo a atenção para a questão da segurança, que é uma questão de realidade e percepção – de realidade cá dentro e de percepção externa. Viaja-se para lugares seguros, investe-se em países seguros”, sustentou.
“A segurança é um valor absolutamente determinante para a competitividade de Portugal e tem de ser seguida com a maior e mais rigorosa atenção”, destacou ainda, sem se alongar sobre o assunto.
Ainda sobre segurança, e no âmbito das conferências “Ouvir Lisboa”, promovidas pela candidata do CDS à câmara da capital, Assunção Cristas, o antigo líder centrista afirmou que “é muito bom ser uma cidade com uma história cosmopolita e estar na periferia de questões muito sérias como o terrorismo".
Na sua opinião, não se pensa em Lisboa como um destino para o qual se deixa de viajar ou investir por questões de segurança e "era bom" que todos dessem "um contributo" para que essa situação se mantenha.
Portas foi um dos intervenientes das conferências “Ouvir Lisboa”, nas quais Assunção Cristas recolhe contributos para a elaboração do seu programa eleitoral e que teve "Lisboa no Mundo" como tema de terça-feira.
Na sua intervenção, Paulo Portas manifestou-se contra "uma dicotomia entre Lisboa quem cá nasce e Lisboa para quem cá vem", argumentando que "o turismo é uma extraordinária fonte de receita e quem precisa dele não dá um pontapé na criação de riqueza e nos impostos que cá deixam e nas receitas que cá deixam".
Laurinda Alves e o histórico do CDS Adriano Moreira foram outros intervenientes da última conferência, que teve a moderação de Carmona Rodrigues, antigo presidente da Câmara de Lisboa eleito pelo PSD e mandatário da candidatura de Assunção Cristas.