O Presidente da Rússia, grande aliada do regime sírio de Bashar al-Assad, aplaudiu esta quinta-feira a decisão surpresa de Donald Trump de retirar todas as tropas norte-americanas da Síria.
Aos jornalistas em Moscovo, Vladimir Putin disse que essa decisão "é a coisa certa a fazer", sublinhando apesar de tudo que está cético quanto à concretização dessa retirada militar.
"Donald está certo e concordo com ele", acrescentou Putin sobre a declaração do homólogo, depois de, na quarta-feira, Trump ter anunciado no Twitter que os EUA já conseguiram derrotar o autoproclamado Estado Islâmico e que, portanto, nada justifica que os cerca de 2.000 soldados dos EUA continuem no terreno.
A concretizar-se, a retirada norte-americana da Síria marcará uma enorme conquista do Presidente russo, que tem apoiado Bashar al-Assad desde o início da guerra, em março de 2011, contra os esforços dos EUA e dos seus aliados ocidentais para afastar Assad do poder.
Também no Twitter, Trump tinha declarado que a Rússia está entre os países que "não estão contentes com a saída dos EUA" porque terá de continuar a combater o autoproclamado Estado Islâmico sozinha; Putin ainda não comentou essa declaração.
Descontentes estão todos os aliados dos EUA, que já criticaram a decisão como prematura, entre eles o Reino Unido. A par deles, também o Pentágono, responsável pela Defesa norte-americana, discorda da retirada, tendo já avisado que, apesar da perda de território, o grupo radical islâmico continua a representar ameaças na Síria e no resto do mundo.