Catarina Martins apelou, esta segunda-feira, a um "investimento urgente nas escolas", a poucos dias do início do novo ano lectivo.
Num visita à escola Vergílio Ferreira, em Lisboa, a líder do Bloco de Esquerda aplaudiu o trabalho das profissionais que trabalharam durante os últimos meses de pandemia e relembrou que, de todas as instituições de ensino em funcionamento, nenhuma registou qualquer surto de Covid-19.
“Quem trabalha nas escolas sabe como proteger os alunos, sabe como proteger professores e sabe como pode fazer a escola funcionar. Mas, claro, durante esse período a escola funcionou com muito poucos alunos e agora terá de funcionar para todos os alunos. Agora terá de funcionar com mais meios. A nossa preocupação é essa.”, disse.
Para Catarina Martins, "não tem nenhum sentido ter deixado arrastar até setembro o levantamento das necessidades de professores". "Nós ainda não sabemos quantos professores vão estar disponíveis para dar aulas", adiantou.
De acordo com a líder do BE, pela primeira vez, em Lisboa, vai ser cumprido o rácio de funcionários, "mas não chega.
"Os professores, como todos os outros trabalhadores que façam parte do grupos de risco, têm direito à sua baixa médica. Por isso mesmo, o ministério da Educação tem de saber agora que vai ter menos professores e tem de começar a contratar já", defendeu a dirigente.
Questiona pelos jornalistas presentes sobre a polémica em torno da realização da festa do Avante, Catarina Martina não quis comentar, dizendo apenas que não considera uma questão prioritária para o país.
Na conferência de impensa do último conselho de ministros, Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, adiantou que as últimas diretivas sobre as práticas de combate à Covid-19 nas escolas serão discutidas na próxima reunião no Infarmed, a sete de setembro.