O balão chinês abatido nos Estados Unidos poderá fazer parte de programa de vigilância global.
Em Taiwan, há dois anos que os balões chineses de vigilância sobrevoam a ilha. As autoridades da ilha e o Pentágono acreditam que estes dispositivos são parte de uma rede de vigilância internacional. Já foram avistados em vários países de cinco continentes.
Um balão foi abatido no passado sábado, enquanto sobrevoava a Carolina do Norte, nos Estados Unidos. O engenho sobrevoou o país durante vários dias.
Segundo o Pentágono, este é o quinto balão avistado no espaço aéreo norte-americano. O mais recente foi detetado a sobrevoar infraestruturas militares nos estados do Montana, Wyoming, Nebraska e Missouri no final de janeiro.
Após a força aérea dos EUA ter abatido o balão de grandes dimensões, as autoridades chinesas protestaram, alegando que este servia propósitos científicos.
Mas os Estados Unidos acreditam que é parte de uma rede de vigilância internacional do Exército chinês. Outro balão semelhante foi avistado a voar sobre a América Latina. O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros comunicou que este se tratava de um balão civil que se tinha desviado da rota.
Residentes em Taipei, em Taiwan, fotografam engenhos semelhantes há dois anos. As autoridades locais acreditam que estes aparelhos fazem parte de um esquema de vigilância chinesa sobre a ilha independente que é reclamada pela China.
Este será um plano de um novo ramo do Exército chinês, fundado pelo presidente Xi Jinping, altamente tecnológico. Cientistas e especialistas em vigilância eletrónica e cibersegurança têm trabalhado para modernizar os serviços de Inteligência das forças armadas chinesas.
A utilização dos balões para vigilância, recolha de dados meteorológicos e transporte e uso de armas é uma das evidências mais recentes, diz o Instituto da Defesa National de Taipei.
Balões deste género têm algumas vantagens em relação a outros sistemas de vigilância: são mais fáceis de manobrar, não são refletidos em radar, conseguem pairar sobre um local durante algum tempo e produzir imagens com maior clareza, refere um artigo do The New York Times.