Num campeonato atribulado como o que está a decorrer em Portugal são possíveis todos os desmandos e da mais variada ordem.
O tema quente destes últimos dias tem sido aquele que refere a amostragem de um cartão amarelo ao jogador do Sporting Palhinha por iniciativa do árbitro Fábio Veríssimo.
As análises a este assunto não têm sido orientadas no mesmo sentido. Antigos árbitros, agora comentadores na imprensa desportiva, não são unânimes nas suas apreciações.
Porém, abstraindo-nos desse âmbito constata-se que as opiniões apontam no mesmo sentido, ou seja, a decisão do juiz de campo, no Estádio do Bessa, resultou de uma visão distorcida do árbitro.
A questão atingiu discussão alargada, sobretudo porque, a confirmar-se a decisão tomada na terça-feira à noite no Bessa, o jogador do Sporting não vai poder estar presente no jogo que vai ter lugar na próxima semana no Estádio José Alvalade, entre os dois maiores e mais antigos rivais do futebol português.
O que parece importante retirar deste tema é a visível falta de unanimidade a que se assiste todas as semanas em diversos desafios das nossas competições, o que reflete a falta de qualidade que se reconhece ao quadro de árbitros nacionais.
Por alguma razão não têm sido chamados pelas instâncias internacionais a estar presentes nas grandes competições, como campeonatos do mundo ou da Europa.
O tempo dos grandes árbitros em Portugal terminou com Pedro Proença, agora presidente da Liga de Clubes de Futebol, que atingiu o pico mais alto da sua carreira quando foi designado como o melhor árbitro do mundo.
Depois disso instalou-se a mediania e hoje não se pode falar do alto padrão dos juízes. Situação acrescida de nota ainda mais negativa, a partir do momento em que foi preciso “inventar” figuras para as tarefas do VAR, onde as prestações dos chamados têm sido ainda mais lamentáveis.